Patrimônio apreendido de crimes de lavagem de dinheiro será leiloado nos dias 15 e 16 de dezembro. Lances já estão abertos.
Por G1 MT
João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “Comendador”, é acusado de liderar o crime organizado em Mato Grosso, nas décadas de 80 e 90, além de estar envolvido com a sonegação de milhares de reais em impostos, entre outros crimes.
No ano de 2002, Arcanjo foi alvo da operação da Polícia Federal, Arca de Noé, em que teve o mandado de prisão preventiva expedido pelos crimes de contravenção penal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. A prisão do bicheiro foi cumprida em abril de 2003 no Uruguai. Arcanjo conseguiu a progressão de pena do regime fechado para o semiaberto em fevereiro de 2018, após 15 anos preso.
O G1 tenta localizar a defesa de João Arcanjo Ribeiro.
A Fazenda Rio Novo está localizada em Poconé, a 104 km de Cuiabá.
Já os bovinos estão disponíveis para lances no site https://www.canaljudicial.com.br/offer/search.htm?status=1&key=Senad.
Interessados em arrematar os itens podem agendar a inspeção por meio do e-mail cuiaba.nucleo@sbjud.com.br ou pelo telefone (65) 4052-9434.
A alienação antecipada foi autorizada pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, para evitar a deterioração e preservar o valor econômico do patrimônio. Neste caso, como se refere à venda de patrimônio apreendido de crime envolvendo lavagem de dinheiro, o recurso arrecadado será destinado ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).
Leilões no Estado
Neste ano, já foram arrecadados mais de R$ 6 milhões com a venda de mais 950 itens em 10 leilões realizados em MT. Entre os artigos arrematados estão veículos, aviões, cabeças de gado e imóveis.
Para os próximos meses estão previstos a venda de aproximadamente 3,8 mil bens apreendidos.
A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) cadastrou leiloeiros em todo o país e teve a sua competência ampliada por meio do Decreto n°10.073, de 18 de outubro de 2019.
Além de leilões do patrimônio apreendido do tráfico de drogas, passou a utilizar sua estrutura para efetuar a venda de itens oriundos do enriquecimento ilícito envolvendo outros crimes, como a corrupção e a lavagem de dinheiro, com perda de bens em favor da União.