MT registrou mais de 6 mil casos de pessoas resgatadas em situações parecidas com escravidão — Foto: Divulgação/MPT
Alguns registros foram feitos em áreas rurais de Mato Grosso, onde trabalhadores estavam sendo explorados em situação semelhante a escravidão, submissão e a não garantia de direitos trabalhistas previstos em lei.
Por José Pereira, TV Centro América
Alguns registros foram feitos em áreas rurais de Mato Grosso, onde trabalhadores estavam sendo explorados em situação semelhante a escravidão, submissão e a não garantia de direitos trabalhistas previstos em lei.
O motorista Joecil Benedito da Silva relata como foi resgatado pelas instituições
“Trabalhei durante esses 30 dias, o Ministério do Trabalho chegou e fez o resgate. A gente foi recolhido porque não era para trabalhar mais e não tínhamos carteira assinada, não podia estar ali. A gente morava em um barraco de lona e através disso que fomos resgatados, porque era trabalho escravo”, afirma.
“Essa acolhida é mais no sentido dos trabalhadores saírem do local e pra isso, nós encaminhamos para o Ministério Público do Trabalho e para a Auditoria Fiscal fazerem todos os trâmites que são necessários”, afirma.
O trabalho escravo é caracterizado como alojamentos sem rede de esgoto ou iluminação, sem armários ou camas, com jornadas de trabalho superiores a 12 horas diárias, sem alimentação, sem água potável e sem equipamentos de proteção. Quando essas situações são encontradas cabe ao MP levar os casos a justiça.
Mato Grosso é o terceiro estado do país com o maior número de resgate de trabalhadores em situações semelhantes a de escravos.
As fiscalizações são de responsabilidade da auditoria fiscal do trabalho, mas como o estado é extenso e com regiões de difícil acesso, algumas deixam de ser feitas.
Além disso, faltam servidores para atender todas as demandas. Há apenas metade dos trabalhadores que a instituição precisaria para fazer a fiscalização.